sexta-feira, novembro 06, 2009

Romance moderno

Bom, vou começar com as explicações, a vida as vezes nos traz uma grande surpresa, eu tive uma recente. Por algum desses meios que a internet oferece, conheci uma garota fantástica, pernambucana, poetisa, o nome dela vocês verão muitas vezes citado abaixo. O mais importante de tudo, ela escreve, e escreve muito bem diga-se de passagem. Havia pedido a ela uma ideia para postagem, algo simples, e ela me mandou todo um texto e poesias. Divido o crédito do conto que se segue com ela. As poesias é de autoria unicamente dela. E se tudo der certo, o blog vai abrir as portas de casa, e entregar as chaves, para a mais nova bat-parceira. Espero sinceramente que gostem. O conto eu alterei, em muitos detalhes, mas é essencialmente dela também, uma parte gostaria até de ter mantido a original, mas para dar coerência a história terei que modificar. Lembro a todos que é uma ficção, com pitadas da realidade claro, mas ainda sim ficção; sem mais delongas, as poesias e em seguida o conto.

Te dei tudo o que eu tinha e o que você fez?
Roubou minha alegria e me fez sofrer mais um dia.
Me prometeu seu amor, disse que ia ser meu, e agora o que eu
tenho?
Sofrimento e dor que me acompanham a cada dia
não era assim que eu queria.
Eu te amei, esperei, te dei o que quis.
Eu chorei, me magoei, não era o que quis.
Eu vou te esquecer pode esperar.
A cada dia a dor vai passar.
Te perdoe pelo que me fez
sofrer a cada dia um novo dia vai nascer.
o amor e a dor, à amizade dará lugar
pois rancor em meu coração jamais morara.

Jéssica Vanderley Alves dos Santos


A lua e as estrelas foram minhas confidentes,

no momento eu que não tinha você para construir segredos.


Jéssica Vanderley Alves dos Santos



Romance moderno

Ela, poetisa, sentimentos que afloram a pele, que desejam sair, tantos e tão puros, que se fazem em sua escrita. Seu nome, Jéssica, mostra o que é, bela, morena , forte, mas de coração aberto, suave e gentil, desejando amar. Mulher dos mundos atuais, sempre antenada ao que ocorre a sua volta, como tantas outras, fez da internet uma fonte de comunicação. E foi pela internet que o viu a primeira vez. Não os engano dizendo que foi uma paixão instântanea, seria mentira. O viu e achou lindo, isso é fato, mas não passou disso. Claro, que ela esperta como é , descobriu o telefone dele, por uma amiga em comum. Mas a mulher forte, entrou em conflito com a doce pessoa de coração aberto; e faltou-lhe coragem de ligar. E ficaria por isso, apenas um rosto bonito, em meio a tantos, em um site qualquer. Se não fosse o destino, a colocar sua mão, e fazer com que, em um esquecimento, ela a ele ligasse. Memória posta a prova, lembranças de fotos a parte, eis que deu-se a mágica, aquela alegria de ser encontrar alguém para compartilhar as pequenas belezas do dia a dia. Belezas as quais, sempre que podiam compartilhavam ao telefone, poderiam claro, se encontrar, mas ela, tímida, adiava o que o seu coração já sentia. Dias passaram, o amor platônico sedendo ao desejo, vencendo a timidez. Marcado encontro, se conhecem. Conversas vão ao longo do dia, e de surpresa, um beijo ao final, beijo que se fosse em cinema ouviriamos os sininhos, e a atriz falando das borboletas em sua barriga. E fez-se então a união. Duas pessoas, em busca de um mesmo sonho. Duas pessoas que na ansia de se terem, quando sozinhos em suas casas, ligam um ao outro, conversando sobre tudo e nada ao mesmo tempo, pela madrugada adentro. Mas meu caro leitor, sabemos como são os homens. Estes diante de um desafio, de machões se encolhem todos. E diante de um amor, fogem sem motivo algum. Foi o que ele fez, um mês apenas, e termina com ela deixando a desolada, lágrimas reprimidas aos olhos, tentando se segurar, tentando se mostrar forte. Mas como ser forte, com um sentimento tão belo, destruído? Ali ao se despedir, conseguiu, mas nos dias que se seguiram, amigas, filmes, conversar, tudo a fazia se lembrar dele. Amou aquele homem, que não mais a queria. Ou pelo menos era o que ele havia dito, mas quando sozinho, sem companhia, depois de perder, em uma atitude tipica de homem, liga pedindo desculpas. Passados dias de seu sofrimento, pode então Je ouvi-lo pedindo as desculpas que sabia, não serem sinceras, mas o amor, o amor não mede valor. Ele chega de mansinho e rouba todas as nossas forças. Nos vai esquecer do que passamos. E ela aceitou suas desculpas. Voltaram a se ver. Amores mal amados. Nessa vida moderna, de falta de tempo, encontravam como e quando podiam, academia, telefone. O que pudessem realizar para concretizar o desejo um do outro tentavam; e levaram assim por mais um tempo. Se não fosse novamente a necessidade de homem, provar-se enquanto tal. Tão besta necessidade, que se pensado não faria como fez. Terminou o relacionamento, pelo computador! Absurdo sem igual, e coragem que lhe faltava, usou de msn, para terminar; e se lhe indigna ler a isto, digo o mesmo. Momentos piores se seguiram, tristeza, saudade, dor que encobre o peito. Ligações no meio da noite, dele a ela, sem coragem de dizer nada, fotos mudadas, trocadas no orkut, apenas para mostrar que tinha outra. Mas ela, feminina e forte, procurou se recompor, levantou-se de seu penar, caminhou a passos lentos em direção ao novo tempo. Passou-se os meses , conheceu mais pessoas, beijou alguns, deixou outros de lado. Vivia, se não plena, ao menos melhor. Deixou com que sua vida refizesse seu rumo. E dessa fez, como todo tapa que se leva, ela aprendeu. Poderosa, quando ele novamente a ligou, implorou, chorou, ela recusou. Disse que não. Não se rendeu as suas luxurias. Por nove meses ele ligou. Por nove meses ela recusou. Começou um novo namoro; passou a sorrir um pouco mais. E teria sido assim, se não fosse o coração bobo, que não se deixa quietar. E em um encontro, noite perdida afora, eis que ela o reencontra, e o que os vezes se unirem, nem mesmo eles sabem. Desejo? Claro. Amor? Dela é certo; mas e ele? Depois dessa noite, ela termina seu namoro. Ao contrário dele, honestidade faz parte de seu ser. Ela é o que é. Não importa a quem doer. Mas fato é, diferentes, mas com o mesmo desejo voltaram a namorar. E dessa vez, ele aprendeu, se fez humilde. Aceitou as condições dela. Deixou que ambos, agora pudessem se amar. E foi assim que foram caminhando, o amor crescendo entre os dois. Ela então foi pouco a pouco recuperando sua confiança nele; e foi em uma noite de lua cheia, inspirada pela beleza da luar, sentindo-se intoxicada com os beijos dele, que começaram a se aproximar, corpo a corpo, os braços fortes dele, a seguraram, a agarraram pelos quadris, apertando forte ela, fazendo com que todo o corpo dela se arrepiasse sentindo o desejo, estavam tão juntos, que um podia ouvir ao coração do outro, e foi deste jeito, que ela a beijou, beijou seus lábios delicadamente, apertou-a mais, mordeu de leve ao pescoço dela, beijou sua nuca, encorajado, abriu a blusa dela, foi com a boca aos seios, beijando, mordendo de leve, deixando o desejo fluir, seus seios empinados, encontrado a boca dele. Ela não se fez timida, retribuiu aos beijos, puxou-o pelos cabelos para beijar mais forte, passou a mão pelo corpo dele. E ele, sentindo a mão dela, abriu suas calças, fazendo com que ela o tocasse, dentro de suas roupas, sentindo seu membro duro, desejando a ela. Desejo a flor da pele, ele avançou mais, abriu a bermuda dela, e colocou sua mão dentro, devagar, sabendo que poderia machuca-la, se conteve, e o fez com carinho, por cima da calcinha, por baixo, sentindo-a se abrir a ele. Foi então, sentindo o calor dela, que foi além, pos-se a beijar a barriga dela, descendo a boca a sua bermuda, e abaixou, bermuda e calcinha, deixando a semi nua, desejando a ela. Beijou então no meio das pernas dela, aberta, desejosa, beijou-a, chupo-a, fez com que ela ficasse mais e mais excitada. E quando sentiu que ela estava molhada de tesão, subiu a sua boca de encontro a dela, passando pela barriga e seios. Beijou a boca dela, e ao pé do ouvido lhe disse: - "Te amo, minha princesa". Ela decidiu retribuir, desceu sua boca, pela barriga dele, desceu beijando também, aquele homem que tanto queria, chegou a boca em sua calças abertas, abaixo, deixando o sexo a mostra, deu pequenas mordidas ao seu redor, no centro, e colocou em sua boca, chupando, devagar, carinhosamente, mexendo com a mão, em movimentos para cima e baixo, e quando ele estava quase a gozar, ela subiu novamente, boca na boca, ele fez com que dois dedos entrassem nela, mexendo os dedos, deixando-a molhada, ela movimentava o sexo dele, sem parar, e assim nesses movimentos gozaram, um na mão do outro, deixando escorrer pelos corpos o gozo de cada um. E cansados se abraçaram, se beijaram. Repuseram suas roupas. Trocaram juras de amor. A noite então deu lugar ao dia. Brilhos nos olhos se despediram novamente. Dessa vez certos de seus sentimentos. E foi assim, que retornaram a namorar. Hoje, a cada dia descobrem-se um pouco mais. E como vai terminar, so o destino dirá...

Autores:
Jéssica Vanderley Alves dos Santos, 18 anos data de nascimento 07 de junho de 1991 (o trabalho todo foi dela, so mudei e reencaxei de forma a parecer com meu blog) e Marco Diego Capellini das Dores, 15 anos a 15 anos, data de nascimento 11 de agosto de algum ano esquecido pela deusa.

Essa é minha nova bat-parceira, peço a quem ler, se gostar, ou deixar comentários, ou mandar um email, entrar em contato. E até mais pessoa
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Now playing: Hooverphonic - Mad About You/Glory Box (Live in Ancienne Belgique)
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sexta-feira, outubro 23, 2009

Luzes da cidade

Da varanda, no alto de sua cobertura, ele olhava as luzes de néon da cidade. Por ser um dos prédios mais altos da cidade, ele podia admirar quase toda ela em sua cobertura. Este foi um dos motivos pelo qual ele se empenhou tanto em seu trabalho, em subir de cargo. Estar ali, era seu objetivo. Gostava de todas as noites contar com a solidão a sua volta, o que achava incrível, se sabendo que morava antes em uma cidade pequena, e lá aonde deveria se estar só, todos lhe conheciam. Na cidade grande o oposto ocorria, milhões de pessoas, e se quer um conhecido, se não os do trabalho. Era exatamente o que ele desejava. Noite após noite, ele se debruçava na sacada, um copo de vinho na mão, um som lento ao fundo, algumas vezes um slow jazz, outras um trip-hop, sempre mais lento. E por cerca de uma hora, admirava a paisagem, curtia sua solidão. Por dias, meses, foi tudo o que fez, chegava do trabalho, e assim fazia. Tudo mudou, quando em uma jogada do destino, ele precisando de vinho, e com fome, resolveu sair, ir a esquina (aonde estava o supermercado) comprar algo para comer, e outra garrafa para casa. Foi exatamente o que fez, até o ponto em que chegou a porta do seu prédio. Do lado de fora, semi inconsciente, estava uma mulher, com seus vinte e poucos anos, visivelmente passando mal. Ele deu alguns passos em sua direção, para oferecer ajuda, celular na mão, discando para um hospital lhe enviar uma ambulância. Fato é, que depois de muito tempo passado, no qual ela poderia ter morrido, a ambulância chegou, mas na cama, ao passo de ir, ela segurou o seu braço, fazendo-o entrar junto. No hospital, diante de várias perguntas, as quais não tinha resposta, pensou em ir embora. Por um motivo, que não soube identificar resolveu ficar. Passou a noite ao lado dela, que nada mais tinha que intoxicação alcoólica. Manhã seguinte ela acordou, perguntou quem era ele, respondido as dúvidas, finalmente ele se despediu, sabendo que ela se chamava Joana, e que havia feito a coisa certa ao ajuda-la. Dever cumprido, voltou ao seu apartamento, banhou-se e foi ao trabalho. Dia de rotina, tudo normal, terminou o serviço, pegou um táxi, foi para seu lar (não dirigia). Mudança de rotinas, Joana estava na porta, esperando que ele chegasse. Chamou-o anjo. Agradeceu-lhe. Anjo, educado, respondeu, conversou, e terminada as razões de Joana para estar ali, anjo pôs-se a abrir a porta. Ela lhe segurou, perguntou se poderia subir. Embora ela o atraísse fisicamente, o desejo de estar só de anjo era ainda mais forte, talvez se a tivesse conhecido em outras circunstâncias, a tivesse seduzido, levado a um motel, mas nunca levara ninguém a sua casa. Não era dado a intimidade. Ela percebeu que Anjo evitava, que só não lhe mandava embora, por ser educado demais. Foi quando ela sugeriu, sem saber que atingia direto no ponto, que ela só queria conhecer aonde ele morava, mas ficaria calada, e não o incomodaria em nada , a não ser que ele quisesse conversar. Por que ela disse isso nem ela mesmo sabe explicar, intuição talvez. Fato é subiram juntos. Ela achou, que sua fala tinha sido somente uma expressão, uma forma de o convencer, mas logo entraram ele lhe disse, que durante ao menos uma hora, não gostaria de ser incomodado, iria colocar um cd do gosto dele, sem discussões, abrir um vinho, e calmamente relaxar, se ela insistia em estar ali, podia lhe oferecer do vinho, mas nada a mais. Por uma hora, não fizeram nada além de ouvir a música, e beber do vinho, cada qual curtindo sua solidão. Quando terminaram, ele a pediu para ir embora. Teria sido o fim, se Joana, não fosse tão insistente. Dia após dia, ela o esperava a porta do prédio. Sem uma palavra subiam, e repetiam a mesma rotina. Ela aprendeu a gostar de seus cds. Sabia inglês o suficiente, para guardar certas letras, e em sua própria casa, na internet, achar as bandas das quais ele tanto gostava. E foi por causa disso que ela conseguiu um pouco mais dele. Ela gravou um cd, com artistas no mesmo estilo do qual ele gostava, mas que nunca havia ouvido no apartamento dele. Levou então para ele. Sem palavras, quando ele foi colocar o cd, ela o segurou, e antes que ele pudesse criticar colocou o cd que ela gravara. Ao ouvir os primeiros acordes, ele recuou, prestou atenção. Abriu o vinho, ainda atento a música. Por sua uma hora, apenas fizeram isto, mas quando Joana, já acostumada se encaminhou em direção a porta, ele a chamou, pediu que ela ficasse mais. Perguntou do cd, ela explicou como achou. Perguntou de qual programa ela usou para baixar, ela indicou sites, com links diretos. E pela primeira vez conversaram por algum tempo. Por fim, sem mais explicações, ele a pediu para sair quando suas dúvidas terminaram. Ela chorando em seu próprio quarto, pensou em desistir, chegou a achar um absurdo ainda insistir em visita-lo. Deu a si então um prazo , disse a si mesma : - "amanhã vai ser a última vez que faço isso". Dia seguinte na porta do prédio, mesma rotina, entram, música, vinho, paisagem. E novamente ela ia embora, quando de costas o ouviu perguntar : -"Esta com fome?". Ela ficou muda, rouca, ele repetiu a pergunta. Ela respondeu que sim, ela saia direto do serviço para la, e jantava horas depois, quando chegava em casa. Ele a convidou para jantar ali. Toda noite ele encomendava comida, e ele gostaria que ela ficasse, para comer com ele. Ela ficou, e começou a lhe fazer perguntas. Ela a impediu, a disse que hoje ainda não era o tempo certo para falar dele mesmo, que hoje iriam conversar mas sobre ela. Ela respeitou, ansiosa para saber dele, falou somente de si. Fizeram isso por uma semana, na segunda semana, ele a surpreendeu de novo, e a chamou para passar a noite lá. Foi a primeira vez em que fizeram amor. Suavemente, gentilmente, noite adentro, se amaram. Aninhados nos braços um do outro acordaram juntos. Ele sorriu ao acordarem, e depois de um bom banho se despediram, cada qual indo ao seu trabalho. Nessa noite, ela passou antes na casa dela, precisava mudar de roupas, precisava de mais roupas. Ele chegou a porta de seu prédio e não a viu, algo o incomodou, começou a ficar preocupado, olhava o relógio de cinco em cinco minutos. Percebeu seu maior erro, evitando intimidade, não perguntou a ela seu número de celular, nem o endereço da casa dela. Depois de uma hora esperando, se cansou subiu a sua cobertura, decidido a beber. Antes que pudesse cumprir seus desejos, seu interfone tocou. Era ela. Amargo, ele a atendeu, quase a xingando. Ela calma, perguntou o que aconteceu. Ele em explicativas confusas fez-se entender, ela por sua vez, o abraçou, disse a ele para não se preocupar, fora apenas trocar de roupa, e aproveitou e trouxe uma extra, caso fosse novamente dormir ali. Mais calmos seguiram sua rotina, mas as uma hora de atraso dela, toda a vez, o incomodava. E depois de um tempo, tomou coragem. Chamou a ela para morar com ele. Dessa vez, ela que pensou, ela queria é claro, mas ainda não sabia quase nada dele. Ela lhe disse isto, disse - lhe seus pensamentos. Ele por fim, sorriu -lhe disse a ela que perguntasse o que ela desejava saber. Conversaram por horas. E sem mais motivos para ceder, ela mudou para lá, não antes claro, de o convencer a conhecer os pais delas. Meses se passaram, estações, anos, e ainda hoje, na sacada daquele prédio, quem puder olhar acima, talvez do prédio em frente, consegue ver um casal bebendo em taças, e curtindo uma franca solidão a dois.



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Now playing: Ivy - Worry About You
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quarta-feira, outubro 14, 2009

Praia

A vida tinha lhe roubado seu sorriso, lhe deixou somente a dor de um coração partido. Ela queria acreditar em deuses, em felicidade, em amor, em beleza, mas como poderia, se lhe fora tomado pelos braços da morte, aquele pelo qual havia se dedicado, por quase toda a vida? Ela o conhecia desde a infância, namorou com ele em sua adolescência, casou com ele quando se tornou mulher, e um ano após, ele morreu, deixando-a em prantos. Primeiro se recusou a sair. Não aceitava visitas. Se trancou em casa. Sua família tentava dia após dia reanima-la, sem sucesso. Depois de um tempo, ela recomeçou com suas atividades. Primeiro o trabalho, precisava do dinheiro. Depois a universidade. Dia após dia ela se recompunha, mas desde sua perda, não conseguia mais sorrir. Duas primaveras passaram. Foi quando, ela decidiu, com uma folga em seu serviço, viajar sozinha. Decidiu-se por uma praia qualquer, não por que gostava, mas lhe fazia lembrar a ele. E a lembrança dele é o que a movia para frente, pois sabia, que se pudesse, ele mesmo a diria para viver e ser feliz. Sua estadia na praia, foi em boa parte, como a de qualquer um. Saia nas manhãs, a tarde, ocupava seu tempo. Nas noites tentava dormir, mas quase não o conseguia. Foi quando começou a sair a noite. E em uma dessas noites, em um quiosque qualquer se sentou. Observando as pessoas ao seu redor. Foi quando na sua frente, chegou este moço. Ele sorriu para ela, e lhe perguntou se podia se sentar. Ela pensou em vários motivos para recusar, mas acabou não os dizendo. Começaram a conversar. Ela relutante, lhe disse que se o que procurava era aventura, era sexo, não teria. Ele por sua vez acatou. Mas a pediu para conversarem, assim mesmo, sem maiores interesses. E apesar de nada saberem de si, tiveram uma boa conversa. O que o fez a convidar para caminharem na areia. A noite seguiu seu rumo, enquanto conversavam de todas as trivialidades que podiam, ele aberto, sincero, ela relutante, mas com a mesma sinceridade, evitando apenas evidenciar seu sofrimento. Viram esculpido na areia, animais, que pouco a pouco se desfaziam com o movimento das marés. Como apesar de todos os pesares, acharam a noite agradável, marcaram um novo encontro. Desses sem compromisso. Dia após dia tornaram a se encontrar. Sob o sol escaldante ou com uma chuva fina, lá estavam eles. E pouco a pouco, ela se abria mais. Falou de seu amor perdido. Chorou. Pensou que ele fugiria com seu choro. Mas ele ao contrário, respeitou. Deixou que ela chorasse, sem se quer a abraçar. Sabia que ela precisava não de um ombro, mas de um desabafo sincero. Falou ele também dos amores que tivera. Das desilusões por que passara. Crescia entre eles um sentimento muito maior que o desejo. Um respeito mútuo, raro de se encontrar. Quando então chegou o dia de se despedirem, foi com lágrimas, que se abraçaram. Com lágrimas, se beijaram, levemente, carinhosamente. E ela, coração acelerado, convidou-o para subir. Não sabia ela, qual medo era maior, o de se deixar amar, ou o de deixa-lo partir, sem saber se o veria novamente. Ele entendeu seu receio, e pacientemente, não tentou nada, apenas se deitou ao lado dela, ambos com roupas, abraçou a ela. E juntos dormiram. Manhã cedo, dia de tomar o avião, cada qual para sua casa. Não o fizeram, decidiram adiar o retorno as casas. E por fim, cederam a tentação. Se beijaram assim deitados. As mãos se procurando. Descobrindo corpo a corpo. Ela lhe tirou a camisa, beijou seu dorso nu, abriu suas calças. Ele, esperou , e assim semi nu, começou a despi-la. A deixou somente de calcinha. Sua boca percorrendo o corpo dela. Beijava lhe a boca, tão somente para descer em seus seios. Acariciava, com toques, e beijava os seios. Apertava lhe o corpo. Desejos crescentes. Ele beijou lhe a barriga, deu lhe uma mordida leve. Beijou sua calcinha, sua virilha. E lhe retirou esta última peça, descobrindo de vez o corpo dela. Beijou lhe nua. Deixou que seus dedos acariciassem a ela, entre as pernas, a tocando, a sentindo se apertar, provocando-a. Ela respondeu lhe a altura. Retirou dele a roupa que sobrara. Beijou - lhe todo também, sentindo sua rigidez. Tocava-o mãos em seu membro. Beijava-o. E sem pressa, como dois amantes que se querem, uniram seus corpos. Seguiram assim, ele dentro dela. Ela se movimentando para ele. Mudaram as posições, ela por cima, ambos de lado, ele por cima, várias mudanças. E gozaram, uma vez, duas vezes. Os dias juntos, passaram então a misturar o carinho que já haviam criado, com o desejo sexual. E enfim, chegou o dia que não mais podiam adiar a volta para casa. Trocaram telefones, trocaram informações. Trocaram suspiros. Ela em sua casa novamente, entendeu, que mesmo não sabendo quando ou se o veria, havia ganhado um presente da vida. Ganhara de novo a vontade de sorrir. E quando, então, apesar de todos os telefonemas, msn, orkut, já não tinha muitas esperanças de o ver novamente, deu-se a surpresa, ele conseguiu uma mudança para a cidade dela, não havia falado a ela ainda, por receio de achar estar acelerando demais o relacionamento, mas qual nada. De braços abertos ela o recebeu. Passaram um ano, cada qual em sua casa, namorando, namorico pudico. E decidiram morar juntos. Criam hoje, sem o saberem, sorrisos em quem os vê. Por que não são perfeitos é claro, mas juntos, transpiram o carinho que sentem um pelo outro.

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Now playing: Jonh Williams - Remembrances [With Itzhak Perlman]
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terça-feira, outubro 06, 2009

Incompreensão

Nasceu incompleto, parecia a quem não conhecia um ser humano completo, mas algo lhe faltava, algo que todos possuem, a capacidade de mentir ou omitir. Ele não. So conseguia dizer a verdade. E alguns podem pensar, em como isso é bom. Mas imagine você, se toda pessoa que lhe perguntar o que você acha dela, você lhe disser a verdade mais pura e simples. Para algumas acredito, poderia ser algo bom, posso citar uma amiga loirinha que possuo, a moçinha é especial, seriam só elogios. Mas veja você, que quando for também alguém que desaprova, você sem controle iria dizer: "Você é incrivelmente chata e feia" , isso sendo bonzinho. Pois é, ele nasceu assim, sem poder mentir. Chamarei, a ele, por homenagem a um grande diretor, o Tim Burton, irei chama-lo de Edward. E a principio, enquanto crescia, sofria sem entender. Sofria, por que via as pessoas ao seu redor afastando de si. Seus supostos amigos, suas namoradas. Todos o deixavam após um tempo. Por que neste mundo, não queremos ouvir sempre a verdade, queremos ouvir o que nos convêm. Quando adolescente, como todo adolescente, revoltou-se, usou drogas, usou e abusou de bebidas, tentou suícidio, cometeu as loucuras mais inimaginaveis. E quando por fim se fez adulto, isolou-se. Fechou em seu peito todos os sentimentos. Ignorava as pessoas, e quando não podia se desviar de um assunto, de uma conversa, soltava a voz, já cheio de odio, dizendo o que pensava em forma de chingamento, mesmo quando poderia ser um elogio a ser feito. Pobre Edward, não tinha as mãos de tesoura, mas igualmente é incompreendido. E neste país, neste mundo, em que todos somos diferentes, mas ainda assim todos temos que nos enquadrar no que a sociedade nos pede, seu ser só conseguia sofrer. Emprego não arrumava. Afinal, que patrão quer ouvir, ao perguntar de um projeto, que o projeto é o mais idiota do qual já tiveram idéia? Não tinha namorada, nenhuma que pergunta, estou gorda amor? Quer ouvir um : Esta sim, extremamente por sinal. E quando por fim, a única pessoa com quem ainda vivia, sua mãe, morreu, resolveu terminar com sua vida; mas por medo talvez, por receio, não queria morrer de uma única vez. Pensou então em outro filme que havia visto. Despedida em Las Vegas. E tal qual o personagem, decidiu se embriagar até morrer. Não amigos e amigas; não tolamente de cirrose. Pensava em um coma álcoolico isolado em um quarto de hotel. E vos digo. Quase conseguiu, não fosse o fato, de que um funcionário do hotel abriu o quarto do hotel, para realizar a limpeza. E antes que a morte lhe atingisse, foi levado em uma ambulância. A primeira coisa que viu, foram os olhos de uma bela mulher. E desmaiou de novo. Quando conseguiu se manter de pé, a mulher ainda estava lá. Descobriu então, que esta o havia salvado, era a médica de plantão que o atendera. A principio, como não haviam perguntas pessoais, que pudessem causar embaraço, respondeu e conversou com a médica. Mas como bem sabia, em algum momento, iria ela perguntar-lhe coisas pessoais, mesmo por obrigação, ela iria perguntar-lhe por que do ato que o levou ali, procurando delimitar o risco de vida do paciente. E dito e feito, ela começou as perguntas pessoais. E ele incapazaz de mentir expôs todo seu problema, chorou, chingou. Tentou levantar e correr. Não conseguiu. Preso, atordoado, se humilhava diante dela. O que não sabia, é que ela também nascera incompleta. Como ele não tinha nenhum defeito físico. Ao contrário, era bela. O problema, é que em oposição a ele, ela nunca conseguia dizer a verdade. Sempre mentia. Conseguira se tornar médica (e chamaremos a ela de Olivia), pois, Olivia se tornara médica, por que com muito audácia, provou que poderia salvar vidas, poderia fazer cirurgias, o que nunca poderia, era diagnosticar, ou dar um parecer a um paciente. Realizando uma operação, não precisava falar, mas se em consultório, chamava a um auxiliar para ajudá-la. Como ele, ela sofrera muito na vida, mas nunca deu o braço a torcer. Levantou-se a cada tombo. Procurou em si o melhor, e deu ao mundo muitas alegrias. E assim, sem esperar, ali, em um ambiente inóspito, descobriram um ao outro. E um no outro, aquilo que lhes faltava. Deram-se as mãos, e olhos nos olhos, sabiam, tinham certeza, finalmente, poderiam descansar e encontrar a paz, que tanto buscavam no amor que os havia dominado.

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Now playing: Aerosmith - What It Takes
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Excesso pouco é bobagem

Tomei a decisão de postar algo no blog agora, por que exatamente excesso pouco é bobagem. Tenho como única graduação psicologia, e no momento, fui fazer uma auto-análise de trabalhos para faculdade que já realizei, ou ainda vou realizar, e descobri que deveria ter uns cinco diplomas. Além de psicologia claro, já fiz uma palestra para Enfermagem na Puc/Betim, colaborei com alguns projetos de Comunicação Social, estou com um para fazer de Direito, já fiz trabalhos em Terapia Ocupacional, e se rebuscar na mente acho outras áreas. E o pior nem posso definir a minha, já que agora estou cursando letras. Como diria Dedé, vou enriquecer. Vou mudar de vida abandonar o subjetivismo, e as interpretações, e fazer exatas! Só assim mesmo para diminuir a carga de trabalhos e conseguir ganhar dinheiro. O problema é que como todo bom psicólogo sabe, o problema é mais complexo. Se faço trabalhos algum motivo tem; quais vocês que tentem adivinhar. Projeto a longo prazo mesmo, só tenho um. Entender a complexidade da mente feminina. Mas isso é para a vida toda, e mesmo assim, é capaz de passarem gerações e ainda não haver um consenso sobre este tópico tão fascinante. Mas tudo bem, não se pode ter tudo. Não falta de entendimento psicólogico, posso usar do entendimento carnal, se é que me entendem. Mais uma madrugada que entro noite adentro, tentando finalizar com tudo, e sem conseguir chegar nem na décima parte do que queria. Pensei em postar, um conto, falando de "um mundo perfeito", mas claro, perfeito para minha pessoa claro, já que cada um tem o seu modelo de perfeição. E a idéia é interessante, mas não sei se no momento é uma boa, já que um dos motivos pelo qual eu iria escrever, seria para cutucar certas pessoas, que atualmente tem me feito ficar irritado. E afinal de contas bem o sei, que minha irritação, não é com os outros, é afinal comigo mesmo. Como diz a frase do msn da Vivi :- "O que Pedro diz de Paulo, diz mais de Pedro do que de Paulo". Ou algo assim, a idéia da frase é essa, se é escrita assim ao pé da letra já não me lembro. Mas enfim, é aquela questão, se me irrita uma atitude x, é a pessoa que o faz que esta errada? Claro que não, afinal ninguém é obrigado a ser como eu quero, errado sou eu que ainda insisto em dar idéia. E estou repetindo demais a palavra "idéia" algo a mais tem aí. Caso para minha análise quarta-feira. No mais, já tinha dito a Polly, a alguns anos atrás, pessoas como eu e ela, estamos fadados, a uma certa incompreensão, não por que somos loucos ( e nem vem falar que tem loucura aqui Danny, e repare, já to usando até diminutivo), na verdade o que acontece é que o mundo é anormal, e só sobram poucas pessoas, como eu, a Polly e algumas outras de normais, o resto do mundo são de loucos. E a sério. Tentar me compreender pode levar a um surto agudo daquele pobre vitima que arriscar. Jogos mentais é comigo mesmo. Detesto sutilezas, e frescuras para falar, sou da opinião de que se a pessoa quer algo, que fale, o máximo que pode acontecer de errado, é ouvir um não, e isso é relativamente comum. Falo isso para que se entenda, meus jogos mentais não são sutis. Geralmente são bem mais diretos. Por que o que gosto é da discussão; adoro para falar a verdade. E discussão so ocorre com exposição de opiniões. Sou capaz de ficar horas debatendo um tema que me agrade. E com isso deturpando as mentes virginais, que acreditam em pureza, e delicadeza. Maldade? Nada. Maldade é quando te fazem de bobo. Eu deixo claro o que estou fazendo, quem se arrisca é por conta própria sabendo que pode se queimar. O que por sinal é outra coisa que gosto. Não gosto de coisas mornas, se é para fazer, ou ter algo, é para se queimar. Quanto mais emoção melhor. Bom pensando por esse lado, e abandonando de vez um conto de mundo perfeito, vou postar um que a algum tempo tenho em mente. Surgiu a idéia quando estava conversando no msn com a Naty, e por isso mesmo, é totalmente dedicado a ela. As românticas de plantão, é um desses contos de amor.

Destino

Gisele já estava parada no topo da cachoeira a alguns minutos, primeiro ela havia decidido por gritar, apenas isso gritar, liberar sua voz no mundo afora, tentando dar vazão aos seus sentimentos. Apesar de ter gostado disto, ainda se sentia perdida. E apesar de todos os conselhos, sabia o por que. As pessoas ao seu redor, amigas e amigos intimos, alguns de longa data, outros nem tanto, começavam a definir suas vidas. Queriam estabilidade. E embora ela conseguisse entender, não era o que ela considerava como ideal. Ela é do tipo de mulher, que só sente ajustada no caos. Se para a maioria, a calma da rotina é o ideal, para ela o agito das surpresas é o melhor. Que o mundo caísse ao seu redor! Mantendo um sorriso sincero, ela iria seguir em frente e dizer : Foda-se. Foi exatamente este o motivo que a levou a acampar, e neste dia subir ao topo da cachoeira. Sentia um impulso para tentar algo diferente. E sua analista sugeriu que ela tentasse algo mais calmo, como o camping, para reflexão, para relaxamento. Poderia ser com grupo de amigos, mas ela preferiu ir sozinha. Tinha dúvidas quanto a decisão. Ali, olhando a paisagem sentia falta do que deixou para trás. Não que estivesse apaixonada por alguém, ou que tivesse algo de importante para fazer. Nada disso. Queria apenas encontrar um bar em que pudesse encher a cara, falar suas bobagens e ir dormir tranquila, no ínicio de um novo dia. Afinal, bem sabia, que uma boa noite, é a que segue horas adentro terminando com o raiar do dia. Se preciso fazendo turnês por bares, mas bem poderia ser em um lual, com um bom rock tocado ao violão. E foi pensando nisto, que ela desceu estrada afora, decidida a fazer algo mais divertido com o que restava do seu dia.
O local em que estava acampada, é uma área própria para este fim. Várias barracas, postas próximas, uma piscina natural, a água correndo da cocheira, formando a piscina. Um pouco mais afastado mas visível, um restaurante, com vendas de bebida, sim, mas nisto ela é radical, beber sozinha não tem a mesma graça. É preciso companhia. E para sua sorte, foi o que achou quando em direção ao restaurante, pensando em comprar um salgado. Ouviu perto de uma fogueira, um grupo realizando exatamente o que ela queria. Um som ao violão. Vozes cantando. Led Zeppelin. Garrafas do que pareciam ser vinhos passando de mãos e mãos. Aproximou-se. Foi convidada a se juntar. Papo vem e vai, a noite passando, é apresentada a novas pessoas, a cada momento. Não é um caos total, mas é sem dúvida um divertimento muito maior do que horas antes.
De todos que conheçeu, homens e mulheres, foi com Paulo quem mais se entrosou. Como tudo que escolhemos, havia aí um motivo. Ele também se divertia na loucura, no caos, e abominava a normalidade. Quando sugeriram um jogo, que inevitavelmente terminava com uma das pessoas do grupo, virando um copo de vinho, ambos, foram os primeiros a aceitar. E quando novas idéias, surgiam, estavam lá prontos a opinar, ou fazer de acordo com o que gostavam. Quando por fim todos se retiraram, ainda estavam empolgados, conversando. E longe de serem púdicos, sabiam que terminariam nos braços um do outro. O que fizeram. Quando todos acordaram, eles ainda dormiam, cansados, do dia que gastaram conversando, fazendo sexo.
Como não acreditavam nessa coisa de amor, fizeram o que achavam mais prático, terminado o camping, se despediram, iriam trocar telefones, mas ela, lembrou-se de um filme, que havia visto, em que o casal, escreve em uma nota de dinheiro o telefone de um, e em um livro vendido a um sebo o telefone de outro, e se por ventura, o destino lhes trouxesse um dos dois, se reencontrariam, como não tinham sebo por perto, fizeram a mesma situação com duas notas, comprando uma besteira qualquer no restaurante.
O tempo passou, e nada, ou pelo menos nada na personalidade dela mudou. Claro, algumas coisas mudam, estava menos ansiosa ( a terapia ajudou ), mudou de emprego, o que a deixou mais feliz, e ganhando melhor. Namorou um tempo um cara, mas ele era muito caseiro para ela, perdeu a paciência, voltou para a vida de solteira. E tudo corria como sempre, festas, bares, flertes, amizades, sexo.
Foi então que em uma festa, reencontrou Paulo. Não sabiam até a ocasião, mas o conhecido de um conhecido era comum aos dois, e por coincidência, havia convidado a ambos para a festa. E novamente passaram a noite conversando, mas desta vez, já sabiam, podiam culpar o destino. Quando acharam conveniente saíram da festa. Foram se curtir, andando ruas , trocando olhares cúmplices. Ao fim casa dela, terminaram juntos na cama. E como agora o destino falou, decidiram se dar uma chance. Iriam tentar um principio de relacionamento. Ainda estão tentando. Não assumem que são um casal. Mas estão ai de mãos dadas desafiando o mundo; e fazendo da paz, o caos de cada um.


Aquele p.s grande:

Apesar de ter acabado por hoje, não sei por que mas estou com a sensação de que em um futuro próximo irei escrever mais sobre estes dois, do conto acima. Não garanto, apenas acho que vou. É um daqueles contos que fogem do que eu pretendia, minha intenção inicial era outra. Mas enfim, este é para você Naty. Se tiver mais aviso. E ainda te devo um outro; com a intenção original que me fugiu. A criatura hoje dominou o criador, rsrsrs. Bom, apesar de não ser tãoooooo romântico. Espero que tenham gostado. E pelo visto, com minha mente a milhão, até a próxima que não deve demorar quase nada. Abraços.

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domingo, outubro 04, 2009

Non sense cappice?

Este post não é feito para ser entendido, a não ser claro que no fim resolva escrever um conto, mas por enquanto não é minha intenção. Verdade seja dita só resolvi escrever agora por que to com um tédio da porra, de saco cheio, doido para achar um bar interessante e tomar umas e outras, mas salve em dia de jogo, em que não vou a campo, e neste caso assisto em bar, sem me preocupar com o ambiente do bar, mas só com a teve e o resultado do jogo, no mais só tenho ido em bares meia boca. E isto por falta de dinheiro em muitos momentos, e em outros por que as pessoas de hoje (salvem algumas exceções) nem de perto sabem se divertir. O que aconteceu com os porra loucos do mundo? Tem um ou outro que finge que é. Mas de verdade mesmo, pessoa com um grau de loucura saudável, que não tenha medo de arriscar, e goste de surpresas ta difícil achar. Se eu achar uma mulher que não seja só gogo, que realmente seja mais louquinha nos dias de hoje, acho que peço em casamento, por que ta foda viu? Ninguém hoje em dia curti mais sair, virar noite, encher a cara, ver o sol nascer, fazer festas doidas, no sentido literal da palavra? A próxima vez que tiver que sair, vou armado com alguns alucinógenos, pelo menos na pior das hipóteses viajo que o lugar ta lotadaço, e que eu to me divertindo as pampas. Ta vendo o que o tédio faz? To aqui reclamando ao invés de achar uma doidinha e um puta bar. Acho que o último que fui , e que realmente gostei foi o entre folhas, e isso já tem uma data. Isso me leva a pensar que o mundo ta perdido. O mundo ta enchendo de emos que só sabem chorar a suas vidinhas patéticas, enchendo de bibas, cansei de biba me cantando, como falei com Molusko, porra acho que só sobrou ele e o Déde de amigo macho, por que o resto, que me pede para deixar de encontrar uma linda garota, e sair com eles, so podem ser bibas, ou bestas, ou os dois. Mesmo sabendo que as mulheres em essência são problemáticas e de difícil compreensão, não troco por nada desse mundo sair com uma linda garota, para sair com um homem feio e fedido (todos os homens são assim). É desse jeito é melhor procurar qualquer uma para casar, nem precisa ser doidinha, embora se pudesse ser eu agradeceria. Quem sabe uma gótica, se for branquinha, ou uma moreninha com tatoos em pontos estrátegicos? Tatuagem em ponto estrátegico de mulher é uma coisa fantástica. Tatuagem já é massa, assim então nem se fala, ou se pensa como é o meu caso agora, melhor voltar minha cabeça para o lugar, o bicho ta começando a pegar com os pensamentos pecaminosos. Melhor que isso só se juntar, a mulher, a tatuagem uma bebida tipo vinho, o desejo, uma música mais lenta e cair nos beijos e abraços; parei; nada de pensar bobagens. Mas que é uma coisa interessante , isso lá é. Vou pensar no rpg que estou jogando, melhor, ta bonzinho o jogo, apesar de que como não estou conseguindo roubar, to tendo que subir de level na marra, matei umas quinhentas galinhas assassinas para subir de level hauhauhauahhuaa. Coisas de rpg. Jogo de rpg é outra coisa boa, não tão boa quanto uma mulher, ou uma cerveja, mas ainda assim é. Agora acho que vou tentar escrever uma carta, como se para uma mulher, o que na verdade seria, mas dúvido que algum dia entregue uma coisa dessas, e obviamente vou evitar detalhes, e omitir sentidos. Mas por que não? Acho ela linda, e super bacana, isso poderia ser encaixado aqui no blog; agora fiquei na dúvida, escrevo ou não? Vamos ver o que sai. Algo mais ou menos assim:

Carta:

Desde o primeiro momento em que te vi, quero teus lábios juntos aos meus, seria tolo dizer que foi neste momento que me vi apaixonado, não sou dos que acreditam em amor a primeira vista, para se amar alguém é preciso conhecer este alguém. Quando ti a primeira vez, admito, o que me encantou foi toda sua beleza, seu charme, uma espécie de anja endemoniada. Seus olhos, sorrisos, seu rosto, seu corpo. Linda, encantando minha visão, sublimando meus sentidos. E foi então que me decidi a conhecer você, saber o que poderia se passar um sua cabeça, tentar te entender, correndo o risco claro , de cair de amores. E dito e feito, cada nova conversa, me atraindo mais e mais ao seu mundo, ao seu ser, desejando , querendo. Agora é tarde para voltar atrás, cada minuto com sua ausência é um penar em meu coração. Músicas, as escuto, procurando frases que me lembrem de sua presença. Minutos, se tornam horas. Tanto sentimento preso no peito que não sei mais como fazê-lo se calar. E por isso te escrevo isto. Por que é preciso que você saiba, que você entenda a importância, que você adquiriu para a minha pessoa. Escondo por trás de uma falsa força ao te ver, sorrio torto, com medo de que repare, mas bem já deves saber. Se olhar dentro de meus olhos, percebera meu amor, meu desejo refletindo em seus belos olhos. E agora, acredito, lendo isto, estará pensando, por que deixou passar despercebido isto. Digo, deixaste o amor passar, por dúvidas, por não mais saber como agir, quando em frente a um. Mas entendo, não peço nada para mim, pois sei que deve aprender a amar novamente. Só lhe peço, para contigo mesma, e deixe o amor soprar seu coração novamente. Pense, que ao seu lado, tem alguém com quem pode contar, e que mesmo não percebendo, sempre estendera a mão para você, e quem sabe um dia, não deixe seu corpo ao meu, e em uma dança lenta nos beijamos, talvez, em com uma chuva fina caindo nos nossos ombros. E enquanto isso não ocorre, deixo aqui, isto, esta pequena carta, pequeno texto, para lhe indicar , e se então você diminuir seus passos, ao passar do lado meu, podemos nos dar as mãos, e como dois adolescentes, nos amarmos timidamente, deixando o tempo percorrer as marcas que ganhamos, os amores, que perdemos. Não espero que fique encantada, ou mesmo um pouco emocionada com ao ler isto. Mas saiba, que ao final, sempre estarei aqui, por você, para você, com você. E se não posso te abraçar e beijar, que me permita, ao menos aqui, lhe mandar todos os beijos guardados, lhe dar todos os abraços perdidos. E sutilmente me retirar, deixando um pouquinho de mim, para você pensar...


Enquete:

Tudo que escrevo, tem um fundo de verdade, algumas vezes exagero, outras sou espalhafatoso, ou mesmo posso criar e inventar de fato textos, mas como escrevo sozinho, e somente o que quero, sempre fica algo de mim, mesmo em um texto extremamente criativo. Por isso deixo aqui, para quem quiser tentar, adivinhar, até aonde o prototipo de carta acima é real, e para quem seria a carta, caso realmente fosse entregar. Não aceito comentários ofensivos, se não gostam de mim, falem pessoalmente, quanto a críticas positivas são bem vindas. Quem quiser, tentar um chute, pode ou me enviar um email, ou deixar um comentário aqui. Mas lembrem, comentários anônimos são aceitos, mas são impossíveis de serem respondidos, não tenho como adivinhar quem é quem que deixa recado. E deixo um desejo de ótimo fim de semana a todos. Abraços.

sábado, outubro 03, 2009

Grandes idéias para os tempos vindouros

Sou daqueles que acreditam que o mundo vai acabar em 2012, mas como isso é uma crença e não certeza resolvi projetar o futuro. Isso por causa de algumas notícias atuais, por exemplo, agora além da copa, vamos ter as olim-piadas. Viramos o país do esporte. E por isso mesmo, tenho um monte de proposta útil, principalmente para Minas Gerais. Visando isso começo com uma proposta básica, todo mundo sabe que o que estraga o mineirão são os cruzeirenses. Até mesmo por que a ciência já provou que o Mineirão é como um pannetone, a torcida do galo é a massa e a da cruzeiro são as frutinhas. Assim como todos sabemos que quando o galo entra para jogar o mineirão treme, quando o cruzeiro entra o mineirão rebola. Então nada mais justo, que vetarmos a presença de cruzeirenses no belo estado de Minas Gerais. A segunda proposta já é pensando mais alto, nas olim-piadas. Elas irão ocorrer no Rio de Janeiro, e aqui é de conhecimento popular de que o que estraga o Rio, são os cariocas. Eles tiram toda a beleza do lugar. Neste caso, pensando na preservação do território, a proposta é simples, vamos expulsar todos os cariocas do Brasil, e aqui digo do Brasil, por que nem baiano merece sofrer com essa raça imprestável, e então vamos agregar o território do Rio a Minas Gerais, que como sabemos é o melhor estado do Brasil. Além de solucionar um problema nacional, ainda ajudamos os mineiros, que poderão deixar de cantar "já que Minas não tem mar, eu vou pro bar". É claro, como mineiros construiremos bares nas praias, quiosques são pra emos virginais. Agora pensando no lado mais subjetivo, com os gringos vindo para cá, é uma boa oportunidade de enriquecer. Neste caso façam estoque de cachaças, e vamos enriquecer vendendo sugar drink ten dolar soldier boy, para eles. Ainda de uma maneira subjetiva, so tenho que tomar cuidado para não beber o meu estoque. Outra coisa que podemos tentar é ensinar aos gringos o verdadeiro português. Por exemplo, quando eles pedirem informação de aonde fica uma localidade, podemos ensinar: "Olha é só vc dizer, sou viado, quero dar, que eles te informam aonde vc quer ir". Ensinamos português, ganhamos dinheiro, e acabamos com norte-americanos que são um problema mundial. Ou podemos indicar o caminho das favelas, mas bem aonde ficam as bocas de fumo, o tráfico barra pesada. Por que good american is a dead american. Como podem perceber, estou lotado de idéias úteis, assim que pensar em mais posto aqui. Té mais.


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quinta-feira, outubro 01, 2009

Desabafo/Dueto

Bom, já vou começar avisando, este talvez seja o post mais pessoal que estou fazendo, e por isso mesmo, algumas coisas podem ficar de difícil compreensão, isto por que como minha formação do momento é em psicologia, quem não é da área pode ter uma percepção meio diferente do que quero realmente passar, mas nem por isso vou deixar de tentar. E o primeiro ponto que tenho que explicar é estou com essas idéias, por que ontem (levando em conta que é madrugada) foi dia de análise, não de analisar alguém, mas de ser analisado, sim ontem foi dia da minha terapia. E foi um dia daqueles, do tipo em que se sai da clínica com quinhentas questões na cabeça, sem chão para se firmar, sem saber o que fazer. E para quem não sabe isso é bom, para a análise funcionar é preciso que isso ocorra. Mas é difícil passar por isto. Quem passou sabe do que estou falando. E algumas das milhares de coisas que me passaram pela cabeça são as que vou escrever aqui. Mas não fiquem triste, para quem quer um conto, escrevo um depois desse desabafo, ou seja lá o que quer que isso aqui represente. Então vamos ao fato, uma das coisas que ao sair da análise de imediato (ou quase), eu pude verificar, é que seria um dia de carência. E falo mais disso depois, de falar sobre pessoas. Quais? Ai que esta, sempre tive a sorte de ter pessoas incríveis próximas de mim, meus amigos (vou usar exemplo para tudo , mesmo sabendo que algumas pessoas vão ficar de fora, infelizmente). O que posso falar de caras como Dedé ou Glaúcio? Porra nos momentos de loucura (que não foram poucos), de mau humor, ou de neurose, esses caras estavam juntos para me apoiar, só tenho que agradecer a amizade que pude ter com cada um. E não só amigos antigos (e para esses dois bota antigos nisso). Quando cursei psicologia, tive o prazer de conviver por anos, com pessoas como a Quel, Deia, Vivi e Debinha, quatro mulheres maravilhosas, que como diriam pularam direto em meu coração para nunca mais sair, e que sinto saudades (e dessas só a Quel deve ler isso, me corrija se estiver errado). Durante todo curso, e ainda hoje, sempre que posso estar com elas, é sempre um prazer. E mesmo agora, com uma nova universidade, tenho encontrado pessoas maravilhosas, como a Mônica, que apesar da brincadeira no último post, o pouco que conheci dela (pelo menos até agora) já me mostrou que é uma pessoa com a qual posso contar, e vice versa, se precisar pode contar comigo viu? Enfim falo isto por que quero deixar bem claro que a carência não é por falta de pessoas que eu admire, e goste, cada uma dessas pessoas que citei é especial a sua maneira, e importante para a minha vida. Nesta momento, imagino que quem não é psicólogo deve estar pensando: -"aha já sei, ele quer uma namorada, isso é falta de sexo". Não entendam mal, namorar tem seus lados positivos, e não é arrogância, pura observação, fica sozinho hoje em dia quem quer, tem doido e doida para tudo, inclusive para fazer companhia. Não é esta questão. A questão, e por isso mesmo é bem difícil entender e bem pessoal, é a nas escolhas. Namorar é fácil, achar uma pessoa com a qual se considere a certa, isso meu amigo é bem mais complicado, e não falo por idealização da pessoa, mas por motivos simples, um deles por exemplo, é que em um relacionamento verdadeiro, deve haver compreensão mútua. Hoje em dia isso é de conhecimento público, qualquer livro de auto-ajuda fajuto te fala isso. Agora procura compreender um psicólogo. Difícil, muito difícil. E por que? Primeiro que quem não é psicólogo tem a falsa concepção de que todo psicólogo, quer e vai ouvi-la. Não bastasse isso, o psicólogo no popular, pode até ser meio doido, mas é um cara muito bem resolvido nas questões da vida, um cara que quase não sofre, que não tem desejos. O que é isso? Besteira, psicólogo é ser humano como outro qualquer, com falhas e acertos, como qualquer um. E até hoje, na prática, no dia a dia, só consegui achar outros psicólogos(as) que realmente entendem isso e aceitam. O que me deixa com uma puta saudade, ainda maior que a normal, das minhas queridas companheiras de profissão. E agora, para ser poético, e romântico, e plagiador, uso de músicas. É essa carência que sinto falta, não de alguém para transar, e ir levando aos trancos e barrancos, mas uma pessoa a qual eu possa dizer com sinceridade que "na bagunça do seu coração meu sangue errou de veia e se perdeu" (Mestre Chico Buarque), e que na depois de uma ausência eu possa cantar ao pé do ouvido "estou de volta no meu aconchego, trazendo na mala bastante saudade, querendo um sorriso sincero um abraço..." (Elba Ramalho) . Enfim, alguém com quem compartilhar os sonhos mais íntimos aconchegado nos braços dela. Não se preocupem, como disse análise faz coisas... Bom agora para não decepcionar quem vem até este blog, para ler contos (devem ser os últimos românticos da face da Terra), deixo um conto abaixo, na verdade, como estou inspirado em músicas, é mais um poema, ou dialogo, ou qualquer definição que quiserem usar.


Dueto

Ele: - Venha ao meu encontro, não mais posso esperar, se a muito te procuro, a muito espero para te amar. E quantas noites varei, quantos bares passei, quantas chuvas apanhei, no caminho a te buscar. E como sofri, as dores que a vida nos traz, quantos falsos amores vivi, procurando em cada um por seu rosto, e como sorri para falsos sabores, que ao fim nada representavam. E nada me bastava, nada me era suficiente. E agora que te encontrei, me entrego em teus braços, faço de mim uma parte sua. E aqui ajoelhado, prometo te amar.

Ela: - Levante-se e não prometa, promessas são vazias, de nada valem, mas venha sim ao meu encontro, também eu não posso mais esperar, e se isto é amor, não posso dizer, vamos aproveitar. Tamanho desejo, tanto tempo passou, em que estive a te buscar, e em suas noites por outros bares passei, as mesmas chuvas busquei. E se sofreu, o mesmo fiz, lágrimas derramei para pessoas que não as mereciam. Meu sorriso, este com o tempo se apagou. Nada mais havia além de dissabores. E agora que chegou, aceito seus abraços, sua parte se encontra com a minha. E sem promessas vamos enfim nos amar.


Por hoje é só pessoal, e se faz sentido já não sei, mas foi o que escrevi por hoje. Abraços a todas pessoas especiais, que fazem da minha vida um tanto quanto melhor.



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